Planeta Reggae On Rádio

Solano Jacob


Solano Jacob - Ao Vivo Tribe House (2009)

01.  A Fé E A Razão
02.  Here I Come Again
03.  Prises
04.  Far Away
05.  Agradeça Sempre
06.  Me Gwann
07.  Not By Bread Alone

Gregory Isaacs


Gregory Isaacs -  Hold Tight (2007)

01. Open the Door
02. Margaret
03. Hold Tight
04. Down The Line
05. Wah Dee
06. Miss Cutie Cutie
07. Josephine
08. False Evidence
09. Same Time
10. Me Nah Want
11. Kill Them With Music
12. Motherless Children
13. Come Make Love To Me
14. Promise Me
15. If by Chance

Burning Spear


Burning Spear - Man In The Hills (1976)

01. Man In The Hills
02. It’s Good
03. No More War
04. Black Soul
05. Lion
06. People Get Ready
07. Children
08. Mother
09. Door Peep
10. Groovy

Jah Live


Jah Live - Nossa Vida (2010)

01. Somos
02. Caminhando
03. Nossa Vida
04. Justiça
05. Sentindo Jah
06. Família
07. Tempo
08. Agradecei a Jah
09. Os Anos Passam
10. Meu Refúgio
11. Luan
12. Nossos Dias
13. Divina Força
14. Confissão

The Wailers Band


The Wailers Band - Jah Message (1994)

01. Where Is Love
02. Know Thyself
03. Rasta
04. My Redemption
05. Miracle (The Message)
06. Jah Love (Believers)
07. Wrong Tree
08. Rastaman Sound
09. Many Roads to Zion
10. Heroes (Marcus Garvey)
11. All Day, All Night
12. Some Say (Let It Grow)
13. Kick the Habit

Black Slate

 
Black Slate - Amigo (1980)

01. Amigo
02. Mind Your Motion
03. Reggae Music
04. Sticks Man '80
05. Freedom Time (Black Star Liner)
06. Boom Boom
07. Losing Game
08. Romans
09. Thin Line Between Love And Hate
10. Legalize Collie Herb
11. Black Slate Rock (12 Version)
12. Amigo (Single Version)
13. Boom Boom (Single Version)
 

Guerreiro Zumbi


Guerreiro Zumbi - Promocional (2008)

01. Positividade
02. Praieira
03. Na Paz de Jah
04. A Babilônia
05. Pra Que?
  

Gregory Isaacs


Gregory Isaacs - Come Along  (1987)

01. Take a Look
02. You're Like an Angel
03. Do Your Own Thing
04. Kinky Lady
05. Sip Of Wine
06. Curfew
07. First class Lover
08. Give Love a Try
09. Bits And Pieces
10. No Good Girl

Harambee


Harambee - We Live Together (2004)

01. We live Together
02. Tribute to Bob
03. Yaye
04. Darray Mouridoulaye
05. Terre Blessée
06. I&I Dub
07. Rumors Of War
08. Fire Move
09. Democratie Sénégal
10. Could Be You
11. M'finda M'benda
12. Nos Ancêtres
13. Clemati-leng
14. Munitions
15. Touky

Julian Marley


Julian Marley - A Time & Place (2004)

01. Fathers Place
02. Where She Lay
03. Harder Dayz
04. Build Together
05. Summer Daisies
06. One Way Train
07. Systems
08. I ll never
09. Sitting in the Dark
10. Rock With Me
11. Sunshine
12. Couldn't Be The Place
13. Time

The Wailers Band


The Wailers Band - I.D. (1989)

01. Solution
02. Children Of The World
03. Reggae Love
04. Irie
05. Love Is Forever
06. Chasing Tomorrow
07. Rice And Peas
08. Love One Another
09. Life Goes On
10. Have Faith In Jah
11. One One CoCo
12. 
P's & Q's

Ras Tafari e a Profecia Etíope



Ras Tafari e a Profecia Etíope

Ras Tafari é um movimento pan-africano com apresentações e messiânicas, que se originaram no despertar de uma revelação profética feita pôr Marcus Garvey na Jamaica. Desde sua inserção na década de 30, o movimento cresceu de uma pequena localidade, em West Kingston à um movimento internacional de repatriação negra.

Através das primeiras três décadas de seu desenvolvimento, o movimento foi banido da sociedade jamaicana. Periódicas confrontações com autoridades coloniais britânicas marcaram os Rastas em suas intenções revolucionarias, tanto cultural quanto espiritualmente. A metade de década de 60 trouxe um período de transição no entendimento social em relação ao Rasta e a sua forma de se viver

Depois da publicação em 1960 da “Reportagem sobre o Movimento Ras Tafari I em Kingston (capital da Jamaica)” veiculada pela Universidade local, subsequentes eventos e um clima de positivismo tornaram-se publicamente notórios. Essa mudança na percepção publica serviu para legitimar a visão ampla do significado da Vida que os Rastas tanto propunham, como uma responsabilidade cultural ao legado da escravidão e do colonialismo na Jamaica.

Durante esse período de transição na década de 60, um grande numero de descontentes e jovens da classe media juntaram-se aos miseráveis que moravam nas favelas, e dali formaram o esteio do movimento Ras Tafari I.

Esse crescimento acelerado foi acompanhado pela popularização da doutrina Rasta através da comunicação de massa e também artisticamente . os ritmos de musica Ska, rocksteady e o reggae disseminaram nas décadas de 60 e 70 os valores e os sentimentos dos Dreadlocks (um dos termos empregados para identificas um Rastas) , como um apelo alternativo depois das épocas de pos-colonialismo.

OS ISRAELITAS

Como um a cultura/ filosofia, Ras Tafari I é uma forma de Zionismo Negro que segue a leitura da Bíblia (na versão etíope Kebra Negasta- “Gloria dos Reis”, diferente da versão Europeia King James ) como credo milenar da redenção africana. Identificam-se a si próprios como os Israelitas do Velho Testamento , Provendo uma sequência de interpretações mítico-poéticas da História da Diáspora Negra. Capturados e vendidos dentro da escravidão pelos europeus , os Rastas veem os africanos e seus descendentes no oeste como vivendo na moderna Babilônia, a sociedade branca e opressora que significou mais de 400 anos de perseguição e colonialismo.

A emancipação oficiosa para a escravidão nas plantações de açúcar na Jamaica veio em 1834, mas a independência politica jamaicana da Grã-Bretanha foi assegurada somente em 1962, depois de 97 anos como colônia. Cerca de 95% da população da Jamaica é de descendência africana, o que determinou uma consciência dentro do movimento Ras Tafari I em considerarem-se “estrangeiros numa terra estranha”, referindo-se a própria Jamaica.

A TERRA PROMETIDA

No idioma de redenção dos Rastas , a única salvação para o negro do Oeste é se repatriar a seu lar ancestral : Etiópia – África . Enquanto opiniões dentro do movimento divergem como precisamente a repatriação ocorrerá e sua natureza , espiritual ou física , Ras Tafari I reconhece que isso será iminente e sinalizará a total inversão da estrutura de poder vigente no mundo.

Ao contrario de outras formações culturais pan-africanas ; pôr exemplo, Santeira em Cuba, Vudu no Haiti, Candomblé no Brasil e Xangô em Trinidade, Ras Tafari I é um fenômeno do seculo XX sem antecedente cultural no Oeste ou herança da cultura central – africana.

Os rituais Rastas mantêm uma continuidade na identidade africana e nas tradições associadas como pôr exemplo rituais de dança e tambores, praticas de cura e crença no poder mágico das palavras – “word, sound & Power” (“Palavra , Som & Poder).

Imagens da realeza Etíope, eventos e personagens do Velho Testamento, uma forma ritualística de se falar e o uso de longos cabelos, chamados de Dread Locks têm sido adotados e transformados nos símbolos e na tradição dos Rastas . No contexto da Diáspora, essa tradição é melhor entendida como uma resposta a ideologia da raça dominante.

Essa etnia se refere à auto – conscientização da cultura com o intuito de disseminar uma nova mensagem, juntamente com sua simbologia e religiosidade. O Etiopianismo anunciou uma nova fase dos rituais jamaicanos , onde os Rastas identificaram-se como “crianças”, tanto no sentido espiritual como genealógico, como que mantendo o parentesco com os antigos Israelitas , que seguiram Moisés através do Mar Vermelho séculos atrás.

As crônicas bíblicas do “Exílio” e do “Retorno a Terra Prometida” serviram como documento mítico para a prisão dos escravos no Novo Mundo , e de seu anseio pôr redenção fora da escravidão. O uso de velhos materiais para a criação de uma nova estrutura profética fez com que surgisse a imagem da Etiópia- Israel como sendo uma nação negra. Faz parte da tradição Rasta , pôr Exemplo , cantar e agradecer o “Sagrado Monte Sião”(HOLY MOUNT ZION) que é reconhecido pela fé como sendo o lar de Jah Ras Tafari I . Esse processo serviu para cristalizar a soberania e a legitimidade africana numa aparência político- religiosa única.

“OLHEM PRA AFRICA”

Através de referencias bíblicas à Etiópia, por exemplo no salmo 68:31, “Etiópia logo estenderá Suas mãos a Deus”, e nos Atos dos Apóstolos 8:27,”pessoas de descendência africana aprendam a reconhecer seu país perdido e a herança nas referencia a Etiópia e etíopes”. Assim, os Rastas começaram a tratar com carinho todas as referências etíopes na bíblia, pois ali havia a promessa libertadora , e que , quando contrastava com a indignidade da escravidão nas plantações, mostravam o negro numa luz humana e digna.

É na base do clássico Etiopianismo que Associação do Progresso Universal do Negro e o movimento “Volta - a- África” liderada pôr Marcus Garvey é bem conhecida. A filosofia do nacionalismo racial, proposta pôr Garvey, era um conceito étnico, casando o Etiopianismo e a consciência racial derivada do nacionalismo pan-africano. “Através da consciência racial, membros de uma raça se presente e aspirando pelo futuro”.

Um grupo racialmente consciente é mais que uma mera agregação de indivíduos distintos zoologicamente de outros grupos étnicos. É uma luta social unida com direção à realização pessoal e do grupo com o intuito de alcançar uma qualidade de vida que lhe é própria. Portanto , é um grupo conflitante e a consciência racial é por si um resultado do conflito. “A raça de um grupo embora não significante intrinsecamente, se torna um símbolo de identidade que serve para intensificar o senso se solidariedade”.

Para Garvey ser negro significava ser africano, “em casa ou no estrangeiro”, e a identidade racial estipulava direitos nacionais. Sob o título “África para os Africanos” , Garvey relançou a tradição etíope dentro de um programa politico para a libertação dos negros. A visão de Garvey da ‘redenção africana’ foi e permanece radical no sentido que, pela primeira vez na historia, o povo negro era reconhecido universalmente como Africanos no contexto de um movimento de massa com popularidade internacional.

O que é único aos Rastas da Jamaica , na tradição emancipadora africana é sua direta identificação com o Estado Teocrático da Etiópia, sob a regência “eterna” do Imperador Haile Selassie I , intitulado Jah Ras Tafari I. Modelando-se como a reincarnação dos antigos Israelitas, os Rastas usam o passado bíblico da teocracia judaica para formar sua etnia como uma família , uma nação .

A frase profética mais notável atribuída a Marcus Massiah Garvey afirma, “Olhem para a África! Quando um Rei for coroado, o dia da redenção estará nas mãos”. A coroação em 2 de novembro de 1930 do imperador Haile Selassie I da Etiópia, formalmente intitulado Ras Tafari I foi interpretada como a confirmação da profecia.
Ras significa “cabeça , príncipe” em aramaico e Tafari ,”Sem medo”.
Foi traduzido também pelos pioneiros do movimento Rasta a significar “Criador”. Haile Selassie I , 225’descendente do Rei Salomão e da Rainha de Sheba, recebeu os títulos sagrados escritos na bíblia que foram reservados para o advento da Segunda vinda: Rei dos reis, Senhor dos senhores e Leão conquistador da Tribo de Judá.

O PODER DA TRINDADE

Na fé dos Rastas, Haile Selassie é reverenciado como Jah Ras Tafari I, o Messias , o Cristo Negro que ascendeu ao Trono do Rei Davi em Adis Ababa, oficializando a promessa de uma nova ordem espiritual. Como defensor do Trono contra o ataque fascista de Mussolini em 1935, como um dos chefes- arquitetos do nacionalismo pan-africano através da fundação da OAU em Adis Ababa em 1963 e , mais tarde como monarca – embaixador do Estado independente mais velho da Africa, a Etiópia , o Imperador Selassie conseguiu o respeito de inumeráveis negros e foi reconhecido como o defensor de união e liberdade africana.

Haile Selassie é um nome sagrado , que traduzido significa “Poder da Trindade”. Em todas as antigas religiões encontra-se a mesma analogia à Primeira Lei de Deus , ação – reação – equilíbrio. No cristianismo essa mesma fórmula é reconhecida no Pai- Filho – Espirito santo; no hinduísmo, vishnu- krishna- brahma . Porem , o que autenticava a força verdadeira do Ras Tafari era a personificação da Primeira Lei em uma só pessoa, Haile Selassie I.

O COMEÇO em KINGSTON

Antes mesmo da explosão da guerra Ítalo- Etíope em 1935, uma fotografia de Haile Selassie I , em veste de guerreiro em Amhara, circulou pelas favelas de Kingston juntamente com um artigo do Jornal Times no dia 7 de dezembro. De acordo com a reportagem, originalmente atribuída a um agente da propaganda fascista italiana, o Imperador Selassie era o mentor da Ordem Nyahbinghi. Essa ordem era internacionalmente reconhecida como uma sociedade africana secreta dedicada a derrubar a dominação branca e colonial. O nome Nyahbinghi significava “morte aos europeus”.

Na Jamaica , os primeiros aderentes da fé Ras Tafari I tornaram esse artigo quase como a um chamado e procuraram alinhar-se espiritualmente ao Imperador Selassie, participando efetivamente da Ordem Nyahbinghi. A palavra Nyahbinghi foi rapidamente adaptada ao vocabulário Rasta como protesto racial, e tornou-se a significar ‘morte aos opressores negros e brancos’.

Muitas comunidades Rastas começaram a identificaram-se como Nyahs, e na sordidez de West Kingston, uma militância do novo movimento começou a se desenvolver. Em 1960, a Universidade de West Indies patrocinou uma reportagem sobre o movimento Ras Tafari I e sua relação com a sociedade jamaicana em geral. Tal reportagem foi o resultado de um pedido pôr parte da comunidade Rasta que queixava-se da perseguição policial e da desinformação pública. Até então Jamaica, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maioria era (e ainda é) cristã, enquanto que os Rastas eram vistos sem qualquer status social, até porque a sua maioria vivia em condições paupérrimas.

A CULTURA NYAHBINGHI

Na reportagem, Nyahbinghi foi associado a valores violentos e com elementos revolucionários. Os Nyah eram publicamente identificados por seus longos cabelos, os Dreadlocks, e pelo uso sagrado , mas desafiador e anti-social da maconha (ganja). Os Nyahbinghis dentro do movimento Ras Tafari I atual é um longo termo que em adição a seu significada original também cobre outros importantes aspectos da vida cultural, incluindo:

A Ordem Nyahbinghi , uma seção dentro do movimento Ras Tafari I em geral, também reconhece o Governo Teocrático de Haile Selassie I. Os membros da primeira geração Nyah fazem parte da formação do movimento Rasta.

Os rituais de culto e adoração são patrocinados por membros da comunidade . As cerimônias Nyahbinghis são festejadas regularmente em varias datas em toda a ilha da Jamaica. Comemorações anuais incluem o aniversario do Imperador Haile Selassie I (23 de julho), a data da coroação do Imperador (2 de novembro) e o aniversario de visita do Imperador a Jamaica em 1966 (21 de abril). Os Nyahbinghis também realizam Assembleias ou “Congregações” que são consideradas como “serviços divinos”

A musica com os tambores , a dança e as palavras fazem parte da celebração e do culto e também são denominadas de Nyahbinghi. Como parte da ressurreição dada batida africana, a musica Nyahbinghi ou Heart Beat (batidas do Coração) está ligada às harpas do Rei Davi, usadas para compor os salmos reais do Velho testamento.

As congregações Nyahbinghi usualmente duram de três a sete dias, tempo para a comunidade se reunir e revitalizar a fé Ras Tafari através de atividades como por exemplo tocar tambores, cantar orações , ler trechos da bíblia , fumar maconha e dançar. No centro da celebração Nyahbinghi está o Tabernáculo onde acontece o ritual. Com as cores da bandeira da Etiópia (verde ouro e vermelho), os Nyahs chamam a Israel seu destino providencial – “África, sim! Jamaica, não!” “Jah chama os cantores e tocadores de instrumentos”, “Repatriação agora!”.

O tabernáculo Nyahbinghi é a sala circular do trono do arco- íris (representado pelas cores da bandeira da Etiópia), o poder sagrado do solo de onde emana o terremoto, a luz, o trovão, o fogo e o enxofre do Armagedom. O “chalice”( cálice , cachimbo Rasta) Passa de mão em mão em volta do altar , ativando ritualisticamente os símbolos do calor , ar e água , as forças primais da criação . Através da Palavra, Som & Poder (Word, Sound & Iwah) a fé está unida com a cabeça Criadora (Ras Tafari) num tipo de telepatia mística, que tem o intuito de cantar a queda da babilônia , para livrar a Terra da perversidade e restaurar a ordem natural da Criação e seu estado original de perfeição. Fora do Tabernáculo fica uma grande fogueira onde um Homem de fogo permanece em vigília para manter as chamas da justiça e do julgamento acesas até a hora da repatriação chegar.

“A MUSICA do CORAÇÃO”

De acordo comum relato de um observador do movimento em 1953 havia uma falta acentuada na batida dos tambores nos primeiros encontros de rua dos Rastas. Nesses encontros, hinos de ressuscitação dos cultos afro-cristãos conhecidos como poco mania e Sião foram adaptados para o desenvolvimento da liturgia Jesus Cristo em todos os textos das canções. Hinos Garveyistas e até o Hino Nacional Etíope Nyahbinghi eram cantados. Naquele tempo o antagonismo entre os grupos Rastas e os Revivalistas cresceu, buru foi naquela época a musica Rastafari, inspirando seus tambores . Buru foi naquela época a música mais popular derivada da secularidade africana em Kingston. Apesar da clara derivação da batida Nyahbinghi, da base, do fundo e do marcador dos três tambores Burus, as duas tradições tem ritmos basais distintos. Todavia, ambos estilos tem antecedentes históricos diretos na tradição musical do oeste e do centro da África. Ambos têm uma organização rítmicas baseada na intercalação das batidas tocadas em vários tambores.

A musica Nyahbinghi é um compasso retirado do passado Africano, mas a distancia é musicalmente evidente ate pelos toques improvisados do líder e marcador. A batida Nyahbinghi , com mensagens da Redenção Negra, tem sido incorporadas dentro do reggae. Essas concões populares de libertação são ouvidas hoje mundialmente , dos sound systens de rua de Kingston ate os shebeens do soweto , na Africa do Sul.

I & I – EU PODEROSO

A “conversa Rasta” a forma ritual de se falar , praticada em diferentes graus no movimento , é especialmente proeminente entre os aderentes da Ordem Nyahbinghi. Considerando o movimento messiânico e também milenar Ras Tafari I encaixe-se na discriminação “anti sociedade” , “uma sociedade estabelecida dentro de outra sociedade” como uma alternativa consciente. É um modo de resistência ao mercado ainda “escravista” da moderna babilônia. A fala Ras Tafari como uma “anti-linguá não é somente paralela a sociedade , é de fato gerada por ela”. A anti-linguá cresce quando á realidade alternativa é uma realidade contrariada, estabelecida em oposição a realidade subjetiva , não meramente expressando isso, mais ativamente criando e mantendo essa outra forma de expressão , que nada mais é que uma ação coletiva.

“I and I” (Eu e Eu) é usado seja onde um pronome aparecer no discurso; substitui ‘você e eu’. O uso obliquo do pronome expressa a igualdade presumida entre os Rastas. “I and I” significa a identidade comum dos oradores como filhos de Haile Selassie I. Os nomes proferidos pelos Rastas exemplificam a associação do homem e Deus. A enunciação de “I”(eu) quando pronunciado “Jah Ras Tafari I” ou “Haile I Selassie I” conecta a intenção pessoal com a vibração divina.

“Quem é você ? não há nenhum você. Há somente Eu, Eu e Eu. Eu é você, Eu é Deus, Deus é Eu. Deus é você mas não há nenhum você, porque você é Eu, então Eu e Eu é Deus. Nós somos todos cada um e um com Deus porque é a mesma energia de Vida que flui em todos nós”.

Alem disso, a linguagem (I – ance, parlance) Ras Tafari I envolve o remodelamento e ocultamento de itens lexicais para encontrar sua necessidade. Uma técnica comum é conotar um símbolo, incrementado o significado da palavra; por exemplo, transformando “opressores” em “depressores”(opressers= downpressers), “políticos” em “politruques” (politics = politricks), “entendimento” em “sobreentendimento” (understand = overstand). O uso de algumas palavras pelos Rastas que viviam nas colinas da Jamaica davam significado à visão que eles tinham dos urbanos; por exemplo “city” (cidade) = “shity”(merda) ou também para designar o modelo social – “system” (sistema) = “shitstem” (sistema de merda), “situation” (situação) = “shituation” (situação de merda). Quando a

falta de cultura, no cunho educacional – “education”(educação)= “head-decay-shun” (cabeça- decadente- afastada) e principalmente a

valorização de personagens europeus históricos, ligados à igreja católica e que faziam comercio de escravos negros – “Christopher Colombus” (Cristóvão Colombo)- “Christ-Come – To- Rob – Us”(Cristo veio nos roubar) fez com que milhares de palavras viessem a surgir no vocabulário denominado de Patois.

Este vasto vocabulário tem a intenção de definir o mundo no qual o Rasta vive, tanto o sistema econômico, religioso e politico como também a aspiração espiritual. Todas as palavras que tem pronome “I” referem-se exclusivamente aos valores ou rituais que os Rastas davam importância ; por exemplo, “I-shence” = “icense (incenso),

(maconha) “I-ses” = “praises”(orações) , “I- ration” = “Creation” (criação), “Ithiopia” = “Ethiopia” (Etiópia) . “I-wah” = “power”(poder) “I-tes”= “thoughts” (pensamentos).

A compreensão da redenção africana é similarmente conotada pelo conceito de “Eu” . “For I” ou “Far Eye” (Para Eu ou Olho que Enxerga Longe) usados em Rastafari I são termos para denominar a visão mística. A experiência visionaria é interna, parte pelo processo de conversação, e ultimamente pela noção visionaria que redenção é igual a repatriação ; a visão da Africa concorda com a expectativa da salvação.

GANJA E DREADS

Justificações ideológicas para o ritual de consumo da ganja (maconha) são comuns entre os Rastas. O uso religioso da erva é feito pelo processo de plantação, colheita e consumo. Os Rastas acreditam no poder da maconha, através da abertura de um canal telepático que aumenta a percepção da realidade. Também se dizem no direito de fumar pelo fato da Bíblia trazer passagens indicando o consuma da erva pôr parte dos profetas no Velho Testamento. “Foi encontrado no sepulcro do Rei Salomão vestígios de maconha, e de uma espécie muito mais poderosa que a encontrada hoje em dia”.

A Jamaica é uma das maiores produtoras de ganja no mundo e também das mais baratas. Ainda é ilegal o consumo da erva; pôr esta razão, muitos Rastas foram mortos e perseguidos pôr toda ilha. As plantas de maior qualidade encontradas na Jamaica são Lambsbread e Sinsemila.

O Dreadlock, distintamente despenteado e com a barba e o cabelo longo é outra apresentação da identidade cultural dos Rastas. Muitos jamaicanos inclusive, frequentemente consideram a aparência desleixada dos Dreads como uma indicação de falta de padrões de limpeza. Eles incorretamente dizem que os Rastas nunca lavam seus cabelos.

Aqueles com dreadlocks são estigmatizados como loucos pela sociedade jamaicana em geral. Os Rastas também são conhecidos como “Knotty Dread” (Dread barbudo) ou na linguagem que frequentemente usam- “Natty Dread”. Eles são rejeitados à empregos basicamente pôr suas aparências. Na sociedade jamaicana colonial e pós – colonial , a policia em muitas ocasiões cortava os cabelos dos Rastas (dreadlocks) como um ato de rejeição pública e controle social sobre o movimento.

Os Rastas crê em no poder místico dos Dreadlocks são entendidos de acordo com a interpretação bíblica como o “voto dos Nazarenos”, e também como prova de serem eles os “escolhidos” durante esse tempo de julgamento. Finalmente, eles fundamentalizam o crescimento dos dreads como um estado natural de aparência do Homem , sancionado pôr Deus. “O brilho dos dreads é o brilho da luz negra, um ato feito para chamar as forças do Julgamento para fazer o coração perverso cair fora da Criação, para destruir e paralisar todos os depressores”. Dentre outras argumentações apresentadas pelos Rastas com relação ao dreadlock, a mais conhecida é que a barba e os cabelos compridos representam a juba do leão, símbolo da filosofia Rasta.

O LIVRO DA VIDA

Entre os Rastas é muito comum a interpretação das passagens bíblicas. A versão bíblica do rei James da Inglaterra é tida como contendo apenas metade do “livro da Vida”. Os próprios Rastas costumam lembrar que “a outra metade nunca foi contada”. Os Rastas usam a versão Macabeus de origem etíope, considerado o livro integral da Revelação. Entre revelações encontra-se o segredo e o significado dos Sete Selos do Rei Salomão.

“E Eu chorei muito pôr nenhum homem ser merecedor de abrir o livro nem soltar os Sete Selos. E um dos anciões disse, “Não chore, contemple o Leão da tribo de Judá. A raiz de Davi foi capaz de abrir o Livro e soltar os Sete Selos, e Eu contemplei, e no meio do trono, no meio dos anciões , um cordeiro foi morto pô sete chifres, de sete olhos, e dos sete espíritos de Jeová eterno, enviado adiante pôr toda a terra , e Ele veio e tomou o livro na mão direita de Sua Majestade Jah Ras Tafari I que está sentado no Trono”. E o sétimo Selo foi libertado. O Sétimo Selo é conhecido como Haile Selassie I , o Primeiro da Etiópia”.

HIS

O significado de Haile Selassie I em relação aos Sete Selos foi revelado a um líder de uma comunidade Rasta em uma Visão. Em fazendo pública sua visão, ele se auto – proclamou em uma posição de liderança profética pôr sua habilidade em interpretar o significado do sinal revelado.

OS “ELDERS” ANCIÕES

Diferente da Igreja Ortodoxa Etíope das Doze tribos de Israel e da Comunidade do Príncipe Emmanuel (todas essas congregações Rastas), a ordem Nyahbinghi não tem um único local permanente e central para suas celebrações, e nem mesmo se esmeram na figura de um só líder. Na verdade, os próprios Nyahbinghi clamam que cada individuo é um templo em si mesmo, e deste modo desdenham aqueles que enfatizam o uso de construções como essencial para as celebrações comunais.

A Ordem Nyahbinghi não tem uma corporação organizacional formal com membros nomeados ou eleitos, onde as decisões são tomadas pôr seus associados. O Imperador Haile Selassie I é reconhecido como a “cabeça” da Ordem Nyahbinghi. Sua indisputável autoridade espiritual serve como uma barreira efetiva para a formação de um conselho elitista regulador. Os mais velhos, os “Élder” fazem parte da liderança operacional dos Nyahbinghi, baseada principalmente no carisma. O reconhecimento das habilidades sociais e espirituais, juntamente com o tempo de compromisso ao movimento determina um Rasta ser um “Élder” (ancião). Aqueles que são competentes em conduzir uma celebração e tem o conhecimento da tradição Rastafari emerge como um líder dentro de sua congregação.

REGGAE

Chegando o final da década de 60 , muitos Rastas se vira, em condições de extrema pobreza, banidos economicamente do sistema capitalista. Em sua maioria , os Rastas procuram se manter financeiramente através da arte, em especial a artesanato. É bem reconhecida a habilidade dos Rastas em esculpir peças de motivo africano; como máscaras, estátuas e símbolos bíblicos.

Mas onde melhor a cultura Rasta se propagou foi na musica, com o Reggae . A origem do Reggae é o Ska, um ritmo acelerado com instrumentos de metal, oriundos da musica negra americana dos anos 50 e 60. Da metade para o final da década de 60, o Ska se tornou mais lento, dando origem ao Rocksteady. Os metais deixaram de ser os instrumentos que marcavam a musica, e em seus lugares foi inserido a percussão africana com a batida da guitarra num estilo Rock. Esse ritmo a partir do inicio da década de 70 passou a ser mais lento ainda e com outro nome , agora o Reggae. A maioria dos cantores e bandas famosas da Jamaica passaram por esses três estilos de ritmo, enter elas os “Wailers”, grupo formado em seu início por Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer (considerados profetas musicais pelos Rastas).

A industria fonográfica jamaicana teve um avanço incrível nas décadas de 60 e 70, apenas pelo fato de varias bandas e cantores, todos Rastas, aparecerem no cenário musical . O Reggae é tido pelos próprios Rastas como sendo a musica de Jah (Deus), primeiro por Ter a mesma batida do coração e depois pelas mensagens, com letras principalmente de caráter religioso e de protesto racial e político.
fonte: delfareggae

Filme Como Se Fosse A Primeira Vez

50 First Dates - Soundtrack (2004)

01. Hold Me Now - Wayne Wonder
02. Love Song - 311
03. Lips Like Sugar - Seal
04. Your Love - Wyclef Jean
05. Drive - Ziggy Marley
06. Slave to Love - Elan Atias
07. Every Breath You Take - UB40
08. Would It Be Nice - Beach Boys
09. Ghost in You - Mark Mcgrath
10. Friday, I´m in Love - Dryden Mitchell
11. Breakfast in Bed - Nicole Kea
12. I Melt with You - Jason Mraz
13. Forgetful Lucy - Adam Sandler
14. Somewhere Over the Rainbow- Israel Kamakawiwo'ole Bônus Track
15. Could You Be Loved - Bob Marley Bônus Track
16. No Doubt - Underneath It All Bônus Track
17. Is This Love - Bob Marley Bônus Track
18. Will.I.Am & Fergie - True 
Bônus Track


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Henry Roth (Sandler) conhece a mulher perfeita, Lucy Whitmore (Barrymore) e cai de amores por ela. 

Mas, quando a encontra, no dia seguinte ela não faz a menor idéia de quem seja ele. 

Della Grant


Della Grant - Resurrection (2010)

01. Better Way
02. Love Is The Glue
03. Breaking Up Is Hard To Do
04. Lover's Corner
05. Blessed Love
06. Daddy's Girl
07. I'm Not Worried
08. Bible Days (Women Of The Bible)
09. Message From My Father
10. La La Means I Love You
11. Society Climber
12. My Son
13. Follow My Heart
14. Esau
15. Ain't That Lovin You
16. Lift Up Your Head
17. Where Have All The Parents Gone
18. Sistah

Marcia Griffiths


Marcia Griffiths - Certified (1999)

01. Then Came You
02. Feel So Real
03. Tell Me Now
04. Everlasting
05. I Got To Cry
06. Certified
07. I Want To Be With You
08. Born To Be
09. Just Try Me
10. This World
11. Partner For Life
12. Why Me?
13. Ready For The Good Life
14. Amour Life
15. Today's Song
16. Problems

Zap Pow


Zap Pow - Now (1976)

01. Cry Inflation
02. System
03. Jungle Beat
04. Sweet Loving Love
05. Them Lie
06. Trap
07. Rock Your Bones
08. Overdoing
09. Sugga Pop
10. Sweet Reggae Music

Zap Pow


Zap Pow - Revolutionary (1971)

01. Breakdown The Barriers
02. Mystic Mood
03. Funking Skank
04. Tonight We Love Tonight
05. Zappin'
06. Get Up
07. Holdin' On
08. Nice Nice Time
09. Soul Revival
10. Reggae Music
11. Change Those Ways

Tributo a Bob Marley


Tributo a Bob Marley Ao Vivo (2002)

01. Rastafary - Edson Gomes
02. Lindo Sonho - Dionorina
03. Lantindola - Banda Canamaré
04. Uma Onda Que Passou ( E eu não Dropei ) - Tribo de Jah
05. Reféns da Violência - Tribo de Jah
06. Viu - Edson Gomes
07. União - Banda Rasta Joint
08. Pra variar - Banda Salvação
09. Aquele Lugar - Planta & Raiz
10. Clareza - Dionorina
11. Trem da Babilônia - Banda Canamaré
12. Lua - Maskavo

Jackie Edwards

 

Jackie Edwards - I Do Love You (1972)

01. I Do Love You 
02. Don't Stop 
03. Bewildered 
04. Who Told You 
05. You're Eyes Are Dreaming 
06. Julie On My Mind 
07. On The Run (With A Gun) 
08. A Little Story 
09. Do What You Wanna Do 
10. Johnny Gunman 
11. Why Make Believe 
12. Miss Black & Beautiful 
13. Come On Girl 
14. Theme From Peyton Place 
15. In Paradise 
16. Sincerely 

Banda Al Mahasta


Al Mahasta - Na Pista (2006)

01. Alma Limpa
02. Nova Era
03. Siga e Volte
04. Dom De Jah
05. Sol e Lua
06. Veja Você
07. Quando
08. Se Fosse Assim

Katavento


Katavento - Fique Em Paz (2009)

01.  Fique Em Paz
02.  Aquela Brisa
03.  Vibração de Jah
04.  Sempre Que Eu te Encontrar
05.  Ilha Bela
06.  Girafa Humana
07.  A Verdade

A banda KATAVENTO nasceu em 2006, com a reunião do músico Ariel Turini (guitarra/ voz) e Diego Morosoli (voz) e o objetivo em comum de transmitir mensagens de consciência ecológica, paz e amor através da música. Foram convidados a participar do projeto os músicos Alfredo Mariano (baixo), Vinícius Sampaio (guitarra), Marcelino Rigo (bateria) e Gustavo Izidro (teclado). A banda segue um estilo musical inovador, utilizando elementos do ROCK, MPB, BLUES E REGGAE.
Em junho 2008, após vários shows realizados, a banda KATAVENTO amadureceu musicalmente e então surgiu a vontade de gravar um CD demo. Nessa época iniciou-se o trabalho composicional da banda, Ariel escrevia as letras e ajudava os músicos na parte de harmonia.
Em 2009, A banda KATAVENTO lança o CD demo “Fique em Paz” que foi gravado no estúdio da banda PLANTA E RAÍZ (renomada nacionalmente no cenário musical pop). A segunda faixa do disco intitulada “Aquela Brisa” contou com a participação do vocalista Zeider Pires (Planta & Raiz) e chegou a ficar em terceiro lugar entre as mais pedidas das rádios TRANSCONTINENTAL FM e 105 FM.
A aceitação do público, os pedidos das músicas na rádio e a performance vibrante nos palcos chamou a atenção dos produtores de eventos do meio e assim banda KATAVENTO chegou a participar ainda em 2009 de festivais e eventos importantes como GRITO CULTURAL REGGAE (comemoração aos 387 anos da cidade de São Miguel Paulista) realizado pela radio 89FM, abertura da turnê internacional da banda S.O.J.A no ginásio do Palmeiras em SP com público estimado em 15.000 pessoas e ainda dividir palco com as bandas NATIRUTS, TRIBO DE JAH, MASKAVO, PONTO DE EQUILIBRIO entre outras bandas consagradas.
Em janeiro de 2010 a banda KATAVENTO contabilizou 3.000 CDs vendidos. Na mesma época começou a pré-produção do próximo CD que promete 12 faixas e está previsto pra ser lançado em Outubro.

Alton Ellis

 
Alton Ellis - Many Moods Of Alton Ellis (1980)

01. The Humble Will Stumble
02. Rise and Fall
03. No Man Is Perfect
04. Mr Skabina
05. Black My Experience
06. Pure Sorrow
07. Inside My Soul
08. The Children Are Crying

Dom Luiz


Dom Luiz - Naturalmente Sana (2001)

01.  Felicidade
02.  Naturalmente Sana
03.  Vovó Raízes Da Raça
04.  Bom Demais
05.  Jah Fui
06.  Plante, Reggae e Reze
07.  Saudade Da Jamaica
08.  Despertar Da Primavera
09.  Seres Iguais
10.  Cultura
11.  Mãe Negra
12.  30 Anos De Soul

Barrington Levy


Barrington Levy - Wanted Live in San Francisco (2005)

01. Intro
02. Teach The Youths
03. Mandela Free
04. Under Me Sensi
05. She's Mine
06. Be Strong
07. Too Experienced
08. Murderer
09. Love Of Jah
10. Work
11. Prison Oval Rock
12. Vice Versa Love
13. Black Roses
14. Here I Come
15. Loving You
16. Under Me Sensi (Hip Hop Remix)